quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Saúde e Espiritualidade


Desde que o mundo é mundo o homem enfrenta todo tipo de adversidades. São desastres naturais, adaptação a mudanças geológicas, além daquelas provocadas pelo próprio homem, guerras, fome, miséria. Nesse mundo um dos maiores flagelos são as doenças. Com todo o progresso alcançado ele ainda não conseguiu erradica-la da Terra. Apesar de todos os recursos da medicina alopática muitos não conseguem o equilíbrio da saúde tão desejada.
È nisso que o ser humano volta os olhos para fé, como recurso renovador de suas energias, o consolo, o amparo, o caminho para uma saúde mais plena. Apesar de todos os conflitos já ocorridos entre ciência e religião, cada dia mais há uma aproximação de ambas. Hoje a ciência começa a admitir que a espiritualização do homem, seu encontro com uma religião que leve ao equilíbrio íntimo, pode ajudá-lo em sua recuperação diante das enfermidades mais sérias. Como no caso do Dr. Herbert Benson que dirige o Instituto Mente / Corpo da Faculdade de Medicina da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos. Nos últimos 35 anos dedica-se a pesquisas cientificas que comprovam: a fé e a meditação melhoram a saúde. Autor do livro “Medicina Espiritual”, ele afirma que 60 a 90% das doenças podem ser curadas pela mente. “Aquietar a mente é um hábito poderoso na prevenção e no combate a problemas como insônia, tensão pré-menstrual, infertilidade e hipertensão”, declara, “além de aliviar os efeitos de doenças crônicas e tratamentos químicos fortes, como o câncer”. É sempre mais fácil alcançar esse estado mental quando possuímos uma fé que nos sustente nos embates da vida. A fé parece ser a chave que abre as portas para a religiosidade e para outras esferas da vida. Por que começa o ser humano perceber que ele não é uma máquina, como defende a teoria mecanicista da ciência vigente. Ele é um ser consciente que transcende o corpo físico, um Espírito no dizer da doutrina Espírita, que preexiste e sobrevive ao fim do organismo físico. Na universidade de Washington fizeram uma pesquisa sobre a relação entre religiosidade dos pacientes e o sucesso das cirurgias a que foram submetidos. Foi estudado um grupo de 309 pacientes a espera de uma cirurgia cardiovascular e concluiu-se que os que professavam alguma fé estavam menos ansiosos com a cirurgia e por isso o índice de sucesso entre eles tenha sido maior depois de feita a cirurgia. “Os que acreditam em alguma coisa vêem o futuro com mais otimismo, eles tem a esperança de ver a sua saúde melhorar e seu estado psicológico acaba sendo melhor”, declararam os pesquisadores. No outro oposto, os agnósticos se mostravam mais pessimistas e inclinados a atitudes deprimidas. Parâmetros, segundo os médicos, que são suficientes para levar ao fracasso o tratamento. O que só vem a confirmar o que o Meigo Rabi da Galiléia asseverou a mais de 2000 anos atrás: a fé remove montanhas!!
A fé no futuro, afirma Allan Kardec, o codificador da doutrina Espirita, em “O Livro dos Espíritos”, ajuda o homem a enfrentar as vicissitudes dessa vida. O homem sem fé é como uma pessoa que se espanta estando em meio a uma metrópole com o tamanho dos edifícios a sua volta. Ao passo que o homem de fé é como que fosse transportado ao alto de uma montanha e observando a mesma cidade, agora tão pequena como uma formiga, já não julgasse tão espantosa assim, ou seja, os problemas vistos pelo ângulo da fé num futuro melhor, faz com que os problemas sejam bem menores!!! Assim é o ser que entra pelos caminhos de uma fé vigorosa. Já não se admite mais como uma máquina, objeto do destino, mas se enxerga como Espírito Imortal, que com o livre-arbítrio que possui, determina seu futuro. Ele é que tem o domínio de seu corpo e não o contrário. Por isso influi poderosamente como encaramos as enfermidades em nosso caminho.
Recordo o caso de Stephen Hawking, Em meados de 1970, quando estava prestes a completar seu doutorado em física, o cientista, já portador de uma doença que ia paralisando seus movimentos, escutou um médico dizer que tinha apenas mais dois anos de vida. “Então posso tentar entender o Universo, porque não vou mais precisar pensar em coisas como aposentadoria e contas a pagar”, resolveu ele. Como a doença progredia rapidamente, foi obrigado a criar fórmulas simples para explicar – no menor espaço de tempo possível – tudo aquilo que pensava. Dois anos e meio se passaram. Mais de vinte anos se passaram e Hawking continua vivo. É capaz de comunicar suas idéias abstratas através de um pequeno computador acoplado à sua cadeira de rodas, e que possui apenas quinhentas palavras diferentes. Escreveu o clássico livro “Uma breve história do tempo”, entre outros, e foi responsável por uma nova visão da física moderna. A doença, em vez de conduzi-lo à invalidez total, forçou-o a descobrir uma nova maneira de raciocínio.

E é exatamente assim que a doença procede em nossas vidas. Ela nos convida a mudar, a rever nossos passos, nossas escolhas, nossos valores. As grandes enfermidades são convites da vida para que mudemos algo em nossa caminhada: sejam os rumos, sejam os objetivos, seja a maneira de pensar. Perante a doença é necessário refletir e questionar: o que ela está buscando me ensinar? Paciência? Persistência? Humildade?
Vendo a vida por essa perspectiva, as enfermidades já não são tão assustadoras, porque mais importante será o equilíbrio, a saúde do Espírito, que é o ser que permanece, que comanda seu corpo, seu instrumento de manifestação nesse mundo!! Grande abraço a todos !!

Nenhum comentário: